Novidade: Embalagem comestível

Novidade: Embalagem Comestível

Você conhece a embalagem comestível? Já imaginou colocar uma pizza no forno sem precisar retirar a embalagem plástica, pois a película que a envolve é composta por tomate? Pensou em comprar goiabadas vendidas em plásticos feitos da própria fruta? O que acha de perus em sacos à base de laranja que vão direto ao forno? E como seriam sushis envolvidos com filmes comestíveis no lugar das tradicionais algas?

Pois isso é possível, a embalagem comestível foi desenvolvida inicialmente por pesquisadores da Embrapa Instrumentação. Ademais, confeccionaram películas comestíveis de diferentes alimentos como espinafre, mamão, goiaba, tomate, podendo ser utilizado de outras matérias-primas para sua elaboração. O trabalho de pesquisa foi desenvolvido no âmbito da Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio (AgroNano) com investimentos da ordem de R$200 mil.

A iniciativa foi tomada diante de um crescente desperdício de alimentos e descarte incorreto de embalagem projetada para durar muitos anos. Outrossim, fez-se necessário o avanço tecnológico agregado a nova era de sustentabilidade e saudabilidade industrial. Para que fosse desenvolvida, dessa forma, a nova tendência do ramo alimentício, a embalagem comestível.

Também chamada como embalagem do futuro, esta é considerada uma alternativa em relação às embalagens habituais. Possuem como principal vantagem seu papel sustentável. Atualmente, outras empresas por todo o mundo estão investindo na nova tecnologia visando agregar valor e sabor aos seus produtos reduzindo o impacto ambiental.

“A empresa brasileira Oka Bio Embalagens produziu embalagens como bandejas, potes e copos comestíveis à base de mandioca. Os objetos criados e apresentados integram um conjunto de bioembalagens compostáveis e biocompostáveis. Com isso, podem, inclusive, ser transformadas em adubo, utilizadas para alimentação animal ou recriadas em novas embalagens.”

“Henriette Azeredo, engenheira de alimentos, comanda uma série de pesquisas sobre essa alternativa às embalagens convencionais. Atualmente, Henriette desenvolve uma pesquisa no Institute of Food Research, em Norwich, Reino Unido, em que pretende desenvolver filmes com base em resíduos de trigo e banana.”

A embalagem comestível possui muitos agentes químicos envolvidos? Podem fazer mal a saúde?

O material com que as embalagens são confeccionadas possuem características muito parecidas com as embalagens convencionais, como resistência e textura, protegendo igualmente os alimentos. Porém, a possibilidade de ingestão gera grandes oportunidades para exploração da indústria de embalagens, principalmente, considerando que os alimentos usados como matéria-prima passam pelo processo de liofilização, que se trata de um tipo de desidratação na qual, após o congelamento do alimento, toda a água contida nele se transforma do estado sólido diretamente ao gasoso.

Como produto final, obtemos um alimento completamente desidratado com a vantagem de manter suas propriedades nutritivas, sendo assim, é possível ficar despreocupado quanto a ingestão das embalagens e sua composição.

Como é feita a composição desta embalagem?

As embalagens foram desenvolvidas em razão da diminuição ou redução gradativa da poluição por embalagem de alimento, em consequência, foi possível reduzir o desperdício de alimentos através do reaproveitamento de resíduos em condições de uso, ou seja, os alimentos que não são utilizados por não apresentarem o padrão comercial ou visual, assim, estes alimentos servem como matéria-prima para confecção de filmes e embalagens. Segundo a Sociedade Nacional de Agricultura, as fibras naturais incorporadas às embalagens para sustentação têm componentes como celulose e lignina, além dos testes realizados com sisal, algodão, juta, fibra de coco e bagaço de cana, estes são chamados de polímeros naturais, pois suas macromoléculas são semelhantes aos polímeros sintéticos, tais compostos apresentam propriedades muitas vezes superiores aos plásticos.

Incrível não é mesmo? Quer saber mais sobre embalagem? Veja outro assunto relacionado: Embalagem Sustentável: Devo ou não investir?. Entre em contato conosco!

6 respostas

    1. Olá Wilson, existe muita pesquisa a respeito da mesma em universidades e centros de pesquisa, algumas empresas internacionais já estão produzindo, mas mercado brasileiro ainda não conseguiu produzir a novidade em grande escala.

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